Em julho de 2025, o Brasil encerrou sua presidência do BRICS com um legado marcante: posicionar o país como protagonista da transição energética global. Sediado no Rio de Janeiro, o encontro foi marcado por discussões estruturantes sobre descarbonização, inovação energética e financiamento climático, refletindo uma nova geopolítica ambiental que reconhece o papel estratégico do Sul Global.
No centro das conversas esteve a urgência de acelerar a substituição de combustíveis fósseis por fontes limpas, um desafio que exige não apenas tecnologia e vontade política, mas também capital, cooperação multilateral e compromisso com a inclusão social. O Brasil, com uma matriz energética 88% limpa, tornou-se símbolo de que essa transição é possível e financeiramente viável.
Transição energética como alavanca de reindustrialização e segurança econômica
O consenso político entre os países do BRICS foi formalizado em um comunicado conjunto na 10ª Reunião Ministerial de Energia, em maio deste ano. Nele, os ministros defenderam uma “transição energética justa, inclusiva e financeiramente viável”, com destaque para tecnologias como hidrogênio verde, bioenergia, energia solar e eólica. Também foi aprovada a Plataforma de Cooperação em Pesquisa Energética do BRICS, que prevê hubs de desenvolvimento tecnológico, inclusive no Brasil.
Segundo estudo publicado pelo BRICS Think Tank, as nações do grupo têm capacidade industrial e recursos naturais suficientes para liderar uma reindustrialização verde, ou seja, reestruturar suas economias com base em cadeias produtivas sustentáveis, aumentando a competitividade global e gerando empregos de baixo carbono. Para o Brasil, esse movimento não só reduz a dependência de combustíveis fósseis, mas posiciona o país como fornecedor estratégico de energia limpa, tecnologias verdes e insumos críticos como o lítio e o nióbio.
O investimento ESG como motor da nova economia energética
A liderança brasileira também se refletiu na área financeira. O país foi o primeiro selecionado pelo Climate Investment Funds (CIF) para receber recursos para descarbonização da indústria pesada, como aço, cimento e produtos químicos. Paralelamente, fundos e bancos brasileiros já canalizaram bilhões em “títulos verdes”, como o Itaú (R$ 1,4 bilhão em 2025), enquanto o BNDES acumula R$ 133,8 bilhões investidos em energia renovável entre 2000 e 2020.
A reestruturação verde global exige, até 2030, US$ 1,3 trilhão em investimentos climáticos, e o Brasil está entre os destinos mais competitivos para esse capital. O governo prepara, para a COP30 (em novembro/2025, em Belém do Pará), o lançamento do Tropical Forests Forever Facility (TFFF), um fundo de US$ 125 bilhões que premiará países por conservar florestas tropicais, agregando valor ambiental a cada hectare preservado.
O setor privado também reage: empresas como Iberdrola, Enel e Engie anunciam investimentos bilionários em geração renovável, enquanto multinacionais olham para o Brasil como hub de energia limpa com acesso logístico privilegiado para América Latina, África e Europa.
Business without borders
A agenda energética do BRICS 2025 revelou mais do que compromissos diplomáticos: mostrou que o Brasil está pronto para liderar a próxima fase da economia verde global. E é nesse exato ponto que a BRING Consulting atua, conectando governos, empresas e investidores que enxergam no país uma plataforma estratégica de transição energética, inovação e impacto positivo.
Mais do que observar a transformação, a BRING participa ativamente dela, estruturando oportunidades internacionais, promovendo rodadas de negócios e posicionando o Brasil nos centros decisórios da nova economia.
A transição já começou. E a BRING está onde ela acontece.
