Quando falamos em transição energética, dois nomes surgem de forma quase inevitável: Alemanha e Noruega. Em um cenário global de descarbonização acelerada, esses países não apenas acompanham o movimento — eles o impulsionam.
Mas o que faz Alemanha e Noruega se destacarem na corrida pela energia limpa? E o que suas estratégias ensinam ao mundo (e ao Brasil)? Acompanhe.
1. Alemanha: Ambição, investimento e coragem para se reinventar
Desde a implementação da política Energiewende no início dos anos 2000, a Alemanha colocou a transição energética no centro de sua estratégia nacional. A meta? Reduzir drasticamente as emissões de carbono e eliminar gradativamente o uso de energia nuclear e carvão.
Principais diferenciais alemães:
- Investimento massivo em renováveis: Em 2023, as fontes renováveis representaram cerca de 56% do consumo bruto de eletricidade da Alemanha, segundo dados da Fraunhofer Institute;
- Inovação tecnológica: O país lidera projetos em energia eólica offshore e armazenamento de energia de larga escala;
- Compromisso político e metas claras: A Alemanha se comprometeu a neutralizar suas emissões líquidas até 2045, cinco anos antes do prazo da União Europeia.
Ainda que enfrente desafios — como o aumento temporário do uso de carvão em resposta à crise energética de 2022 —, o país demonstra resiliência e capacidade de adaptação.
2. Noruega: Quando a natureza e a estratégia caminham juntas
Com sua matriz energética quase 100% baseada em hidrelétricas, a Noruega é, de certa forma, uma veterana na produção de energia limpa. Mas o país nórdico não se acomodou.
Por que a Noruega lidera:
- Hidrelétrica como base, inovação como futuro: A Noruega investe pesadamente em energia eólica offshore e, mais recentemente, em hidrogênio verde para exportação;
- Fundo Soberano Verde: O maior fundo soberano do mundo — com ativos de mais de US$ 1,6 trilhão — está cada vez mais direcionado a investimentos sustentáveis;
- Mobilidade elétrica: Cerca de 80% dos carros novos vendidos na Noruega em 2023 foram elétricos (Statens vegvesen).
Combinando tradição, inovação e diplomacia verde, a Noruega constrói um modelo de transição não apenas energético, mas também econômico e social.
3. Cooperação e visão internacional
Tanto Alemanha quanto Noruega compreendem que a transição energética não é um desafio isolado. Por isso, apostam em:
- Parcerias internacionais: Projetos conjuntos em hidrogênio verde (inclusive com o Brasil);
- Interconexão energética: A Noruega, por exemplo, exporta eletricidade limpa para países europeus através de cabos submarinos;
- Diplomacia climática ativa: Ambos são protagonistas nas negociações internacionais sobre clima e energia.
E o que o Brasil pode aprender?
A lição é clara: liderança em energia limpa exige visão de longo prazo, investimentos consistentes, inovação contínua e parcerias estratégicas. O Brasil, com sua matriz renovável robusta e potencial para hidrogênio verde, tem tudo para se posicionar como protagonista global — mas precisa agir rápido e de forma coordenada.
Alemanha e Noruega não lideram a transição energética por acaso. Elas investem, inovam, cooperam e, principalmente, acreditam que o futuro energético pode (e deve) ser diferente.
A Bring Consulting está ao lado de empresas e governos que querem trilhar esse caminho com inteligência estratégica e visão global.
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