Trégua entre EUA e China: o que está em jogo para o comércio global?

Quando os Estados Unidos e a China anunciaram, em maio de 2025, uma trégua de 90 dias na guerra tarifária que sacudiu o comércio internacional nas últimas semanas, o mercado respirou aliviado — mas não sem cautela. A decisão veio após rodadas intensas de negociação em Genebra, com o objetivo de conter os efeitos colaterais que já se alastravam pelas cadeias globais de suprimentos e pressionavam preços em setores estratégicos.

O que está no acordo?

De um lado, os EUA reduziram tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%. Do outro, a China recuou suas taxas sobre bens americanos de 125% para 10%. Embora essas novas alíquotas ainda estejam muito acima dos níveis anteriores à escalada tarifária — que giravam em torno de 17,8% —, o gesto é simbólico: é a primeira sinalização de descompressão desde o início da ofensiva comercial reativada pela nova administração norte-americana.

Quais são os efeitos imediatos?

O impacto já é visível. Portos como o de Los Angeles relataram uma queda de 30% no volume de importações na primeira semana de maio, resultado direto do clima de incerteza e das tarifas elevadas. Empresas como Walmart anunciaram reajustes nos preços para absorver os novos custos, enquanto pequenas e médias companhias reportam dificuldades de adaptação a um cenário que muda semanalmente.

Além disso, o clima de “pausa temporária” não anula a insegurança jurídica que paira sobre contratos, investimentos e decisões estratégicas de internacionalização.

E depois dos 90 dias?

A pergunta que ronda analistas e empresários é: o que virá após o prazo da trégua? Embora haja possibilidade de prorrogação, não há garantias de que uma solução estrutural seja alcançada a tempo. O jogo político segue em curso, com pressões internas nos EUA e na China moldando os próximos capítulos.

O que isso significa para os negócios internacionais?

Para empresas brasileiras com ambições de internacionalização, o momento exige inteligência estratégica. A instabilidade entre duas das maiores economias do mundo pode abrir novas janelas de oportunidade em mercados que buscam diversificação de fornecedores. Cadeias que antes eram dominadas por players chineses ou americanos estão se reconfigurando — e há espaço para novos protagonistas.

Na Bring Consulting, acompanhamos de perto esses movimentos e desenvolvemos estratégias sob medida para ajudar empresas brasileiras a navegarem com segurança por esse novo cenário internacional. Mais do que reagir às mudanças, é hora de antecipar tendências e construir vantagem competitiva em um mundo que se redesenha a cada decisão política.

Compartilhar

Categorias

Publicações

Tarifas de 50% dos EUA

A aplicação de tarifas de 50% sobre as

Parque da Cidade, maior intervenção urbana da capital paraense voltada à COP30.

Com a aproximação da COP30, Belém do Pará

Instagram

Bring_Blog_EUA-China-acordo-tarifario
plugins premium WordPress