Hidrogênio Verde: Como o Brasil pode se tornar fornecedor estratégico para a Europa?

A transição energética global está em pleno curso, e o hidrogênio verde desponta como protagonista nesse cenário. Produzido a partir de fontes renováveis, ele é visto como solução-chave para descarbonizar setores industriais e de transporte. A Europa, em sua busca por segurança energética e redução de emissões, volta seus olhos para o Brasil, país com vasto potencial na produção desse combustível limpo.

Oportunidades que conectam continentes

O Brasil atingiu 93,1% da geração de energia elétrica proveniente de fontes renováveis em 2023. Hidrelétricas, fotovoltaicas e eólicas contribuíram para que a matriz elétrica do país continue no destaque como uma das mais limpas do mundo. Essa abundância de energia limpa posiciona o país como candidato ideal para a produção competitiva de hidrogênio verde.

Além disso, a localização estratégica do Brasil, com portos voltados para o Atlântico, facilita a exportação para o continente europeu, reduzindo custos logísticos e prazos de entrega.

Projetos em andamento: do papel à realidade

Diversas iniciativas já estão em curso para consolidar o Brasil como fornecedor de hidrogênio verde:

  • Eletrobras, Sefe e EnerTech: Parceria firmada para produzir até 200 mil toneladas de hidrogênio verde no Brasil, com exportação prevista para a Europa a partir de 2030. 
  • Green Energy Park (GEP): Projeto no Piauí com investimento de €2 bilhões da União Europeia, visando a produção de hidrogênio e amônia verdes para abastecer o mercado europeu. 
  • Casa dos Ventos e TotalEnergies: Desenvolvimento de planta no Porto de Pecém (CE) com capacidade de 1,2 GW de eletrólise, visando a produção de hidrogênio verde para exportação. 

Desafios e caminhos a percorrer

Apesar do potencial, o Brasil enfrenta desafios para se consolidar como fornecedor estratégico:

  • Regulação e certificação: Necessidade de estabelecer normas claras e alinhadas aos padrões internacionais para garantir a rastreabilidade e sustentabilidade do hidrogênio produzido;
  • Infraestrutura logística: Investimentos em portos, dutos e sistemas de armazenamento são essenciais para viabilizar a exportação em larga escala;
  • Financiamento e incentivos: Políticas públicas que estimulem investimentos e parcerias público-privadas podem acelerar o desenvolvimento do setor.

O papel das empresas brasileiras

Empresas nacionais têm papel crucial nesse processo. A Unigel, por exemplo, planeja construir uma planta de hidrogênio verde na Bahia, com foco na produção de amônia verde para exportação. 

Além disso, mais de 40 projetos no país buscam certificação para produção de hidrogênio verde, visando atender à demanda europeia. 

A verdade é que o Brasil reúne condições únicas para se tornar um dos principais fornecedores de hidrogênio verde para a Europa. Com recursos naturais abundantes, localização estratégica e iniciativas já em andamento, o país tem a oportunidade de liderar essa nova fronteira energética.

Para empresas e investidores, o momento é propício para se posicionar nesse mercado emergente, contribuindo para a transição energética global e impulsionando o desenvolvimento econômico sustentável.

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